A foz do Rio Doce, localizada na divisa entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, é um ponto de grande importância ecológica e econômica. Este rio, que percorre cerca de 853 km até desaguar no Oceano Atlântico, é vital para a biodiversidade da região, abrigando uma variedade de espécies aquáticas e terrestres. A foz é caracterizada por um ecossistema rico, que inclui manguezais, áreas de restingas e zonas úmidas, proporcionando habitat para diversas espécies de fauna e flora. Além de seu valor ambiental, a foz do Rio Doce também desempenha um papel crucial na pesca e em atividades recreativas, sendo um ponto de lazer para moradores e turistas.

A região da foz do Rio Doce tem enfrentado desafios significativos, especialmente após o rompimento da barragem de Fundão em 2015, que resultou na contaminação das águas com rejeitos de mineração. Esse desastre não apenas comprometeu a qualidade da água, mas também afetou a vida das comunidades que dependem do rio para sua subsistência. A pesca, uma das principais atividades econômicas da área, foi drasticamente impactada, levando à perda de renda e à insegurança alimentar para muitas famílias. A recuperação da foz do Rio Doce é, portanto, uma prioridade para garantir a restauração do ecossistema e o retorno das atividades econômicas sustentáveis.

Os esforços de recuperação da foz do Rio Doce incluem iniciativas de despoluição e restauração ambiental, bem como programas de apoio às comunidades locais. Organizações governamentais e não governamentais estão trabalhando em conjunto com a Samarco para implementar ações que visam reverter os danos causados pelo desastre. Essas ações incluem o monitoramento da qualidade da água, a replantação de vegetação nativa e o fomento à pesca sustentável. A recuperação da foz do Rio Doce é um processo contínuo e complexo, mas é essencial para restaurar a saúde ambiental da região e garantir um futuro sustentável para as comunidades que dela dependem.